Na quinta-feira, no Palácio de Ferro, na Baixa de Luanda, Tchongolola Tchongonga, Ekuikui VI, Rei do Bailundo, afirmou que toda nação forte no mundo investe na cultura de seu povo.
Rei do Bailundo (à esquerda) defende a valorização das línguas maternas e da gastronomia © Fotografia por: DR
Ekuikui VI, o Rei do Bailundo, fez uma defesa fervorosa da cultura durante o III Festival Balumuka – Baluarte da Música Angolana, organizado pelo Palácio de Ferro. Ele enfatizou que toda nação forte no mundo investe na cultura de seu povo e destacou a importância da herança da arte musical e da fabricação de instrumentos musicais ancestrais no contexto do Reino do Bailundo. O Rei expressou sua gratidão pelo convite para participar do evento em Luanda e compartilhar sua sabedoria sobre esses temas cruciais.
Durante sua intervenção, Ekuikui VI ressaltou que a música e seus instrumentos ancestrais têm uma profunda conexão com a identidade e a coesão social, sendo uma expressão de pertencimento e união entre os povos. Ele lamentou os desafios enfrentados ao longo da história, incluindo períodos de guerra civil que dificultaram a preservação e a promoção dessas expressões culturais.
O Rei também abordou a influência negativa do colonialismo, que muitas vezes desvalorizava e suprimia as tradições culturais autóctones em favor de práticas ocidentais. Ele enfatizou a importância de rejeitar complexos de inferioridade e valorizar plenamente os nomes, línguas, medicina natural e gastronomia tradicionais como parte essencial da herança cultural angolana.
Ao concluir sua fala, Ekuikui VI reafirmou o compromisso contínuo do Reino do Bailundo em preservar e divulgar sua cultura única, destacando a música como um dos pilares fundamentais da identidade angolana, que remonta à pré-história e continua a ser uma fonte de orgulho e inspiração para as gerações atuais e futuras.